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09/03/2012

Ouvi de um professor que não devemos escrever na hora do aperto, da vontade louca de escrever, porque vira desabafo e não arte/literatura. Bem como eu não pretendo, nem de longe, escrever literatura cá estou desabafando essa vontade que explode dentro do meu peito.
EU ESTOU VIVA, é isso que que o meu peito grita, que vontade de viver sem amarras, sem prisões. Não quero nada que me aprisione, que me castigue. Quero leveza. Quero vida. Quero sabor. Quero vida. Quero Vida. Quero Vida. Quero Vida. Quero Vida.

25/12/2010

Quando criei esse blog tinha a esperança de escrever pelo menos uma vez por semana. Mas como sempre isso não aconteceu, o que é uma pena.

Mas vamos lá, hoje quero escrever sobre um livro que já li faz um tempinho. Espero lembrar de tudo o que queria escrever.

Comer - Rezar - Amar.

Imagino que todos já devem ter pelo menos ouvido falar do livro ou do filme.
Bem para quem não sabe do que se trata vou fazer um resumo.

O livro é a autobiografia de uma mulher que deu uma virada de 360º na sua vida porque queria se encontrar. Para isso ela tira um ano sabático (um ano inteiro de férias (que sonho não!!!)) para conhecer a Itália, India e Indónesia. Ela passa por muitas descobertas e se descobre uma mulher forte e capaz de ir muito além do que um dia imaginou.

Comecei a ler esse livro depois de ver o trailler do filme. Sou apaixona pela Julia Roberts e quando descobri qual era a história a curiosidade quase me matou tive que comprar o livro.

A primeira parte, que é mais deliciosa, a autora se permite cometer o pecado da gula. Ela come sem medo e muito menos sem culpa. Ela viaja para a Itália para descobrir esse prazer e se depara com umas das melhores comidas do mundo e com um povo muito receptivo. Aproveita também para realizar um sonho:"Aprender a falar italiano".

(Ela faz com que você tenha vontade de fechar o livro, arrumar as malas e pegar o primeiro voo para europa.)

Depois de engordar quase 10 kilos ela resolve ir embora e vai para um retiro espiritual na India. É nessa hora que você começa a ler mais devagar o livro, que você quer absorver todo o que ela diz e sugar a energia de cada palavra. E o mais incrivel dessa parte é que ela não defende religião, na verdade ela mostra o ponto comum entre elas. Essa parte demorei quase um mês para ler. Queria que não acabasse nunca. Mas acabou e ela foi para Indônesia.

Lá ela encontrou um mestre e descobriu que poderia amar de novo. Descobriu um amor leve, sem cobranças excessivas e um ser humano maravilhoso.
Sabe o que foi o mais legal dessa parte? Descobri que esse homem incrivel que a autora conheceu é brasileiro. Estamos tão acostumados a ver retratados no cinema e na literatura homens brasileiros sempre de uma maneira tão rude que quando me deparei com toda aquela gentileza e evolução descrevendo um brasileiro me enchi de orgulho de um cara que eu nem conheço.

E assim termina o livro, é realmente o final deixou um pouco a desejar, porém não podemos esquecer que esse é um livro autobiografico então o fim não existe porque a história da autora não terminou ainda.

É isso, a leitura vale a pena pois em muitas partes faz você parar para pensar e repensar em diversos momentos da sua vida. E realmente todo ser humano deveria fazer uma coisa assim pelo menos uma vez. Não os mesmos lugares muito menos a mesma experiência. Mas deveriamos ter a nossa história para contar e contar com vontade.

18/10/2010

Querido John...

Antes de mais nada tenho que explicar uma coisa: Tem uns livros que saltam na minha mão, eu recebo propaganda pela internet, está sempre em destaque nas livrarias, tem alguém lendo ou simplesmente ele aparece assim, incessantemente na minha frente. Então eu compro o livro para ver o que rola. Às vezes rola amor eterno, às vezes um casinho, às vezes não rola nada.

Bem foi assim com o livro "Querido John", eu comecei a ver nas livrarias, depois com as pessoas na rua e em seguida chegaram as propagandas (algo muito forte me diz que isso é para provocar em todos o que provoca em mim, uma vontade louca de ler o livro). Não me aguentando mais comprei o livro e comecei a ler no mesmo instante.

Querido John é um livro juvenil, uma tipica história de amor americana,com um detalhe que não deixa o livro mais ou menos legal, o casal não acaba junto. Vou contar um pouco para vocês da história.

John era uma adolescente rebelde que decidiu para provar a si mesmo que era capaz de fazer algo de bom resolve entrar para o exercito. Em uma das suas "férias" conhece uma linda morena pela qual se apaixona instantaneamente. Ele descobre que ela é diferente de todas as garotas com que ele já saiu, além de linda ela vê o mundo com olhos especiais. Ela está sempre ajudando as pessoas e espera sinceramente que outras pessoas queiram ajudar também. Tudo com ela parece ser mais fácil e bonito. Quando as "férias" chegam ao final eles decidem manter o relacionamente e que assim que ele receber dispensa do exercito eles se casariam. É para lembrarem um do outro enquanto estivessem separados prometeram que olhariam aonde quer que eles estivessem para a lua cheia na sua primeira noite de aparição. E assim fizeram. Porém quando estava perto da liberação de John aconteceu o o ataque de 11 de setembro nos EUA, o que mudou tudo, e ele teria que ficar no minimo mais dois anos. Ela não aguentou e terminou aquilo tudo por carta.

Longos anos se passaram e ele recebeu a dispensa. Seu pai havia morrido, e ele estava sozinho, resolveu então ir atrás dela e saber como estava. Ela estava casada e seu marido estava doente e o tratamento era muito caro. Apesar de ficar bem claro que os dois se amavam ainda, eles colocaram a responsabilidade na frente de tudo, e ele doou anonimamente o dinheiro que eles precisavam para o tratamento e foi embora, mas antes de partir teve que vê-la pela última vez, na noite de lua cheia. E como ela havia prometido estava lá no seu quintal contemplando o que restará daquela linda história de amor.

Esse é um resumo bem rápido do livro, e como no livro quando terminei de ler o resumo que eu fiz fiquei com aquela sensação "IH??". Sabe quando parece que não disse nada, quando não te passou nada, ou quando fica aquela sensação de nada. Nem foi bom, nem tão pouco ruim. Foi neutro.

Toda literatura deveria provocar, mexer, causar qualquer sentimento. Pior que ser ruim é ser NADA. "Querido John" foi exatamente isso. NADA. Esse sentimento é bem ruim, passei o livro inteiro achando que ele iria me provocar a qualquer instante, mas nada aconteceu. Em nenhum momento me fez pensar ou me fez chorar, nem tão pouco me deu vontade de fechar o livro. Li como se fosse mas um para coleção, sem nada a acrescentar.

É isso, eu não recomendo "Querido John".

08/09/2010

Quando fui Chuva Luis Kiari e Caio Soh

"Quando já não tinha espaço, pequena fui Onde a vida me cabia apertada
Em um canto qualquer, Acomodei minha dança, os meu traços de chuva.
E o que é estar em paz Pra ser minha sem ser tua.
Quando já não procurava mais Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva ... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva ... jeito bom de se deixar viver!
Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto
E só sossega quando encontra tua boca
E, mesmo que eu te me perca,
Nunca mais serei aquela que se fez seca
Vendo a vida passar pela janela."

Essa música que é interpretada maravilhosamente pela Lindissima Maria Gadu e os Varandistas e apareceu na minha vida em um momento que realmente eu estava sendo gota. "Quando já não tinha espaço, pequena fui, Onde a vida me cabia apertada..." Estou pequena e procurando onde a vida me caiba apertada, onde eu tenho que passar sem respirar, estou procurando o meu lugar, estou procurando onde a gota se faça poça, e a poça se faça rio e quem sabe o rio não se torne mar. Estou procurando um lugar sem limites, sem amarras. Quando escuto essa música me preencho de todas as coisas que estão faltando, fico rindo à toa e quer coisa melhor do rir à toa??? Se tem ainda não descobrir... "Nunca Mais serei aquela que se fez seca, vendo a vida passar pela janela..."